- O último sábado a noite foi duro para os brasileiros. Se estivéssemos no futebol, como bem comparou Fernando Zanchetta no título de sua postagem no Yahoo!, teríamos tomado uma goleada. O mais inacreditável é que foi uma noite de dois azarões: Luke Rockkhold, ignorando as predições, conseguiu o cinturão que pertencia ao às do Jiu Jitsu Jacaré de Souza e Daniel Cormier, substituto de Alistair Overeem, nocauteou Antônio “Pezão” de maneira demolidora, algo completamente inesperado. Contando com as derrotas de Evangelista Cyborg pelos cotovelos letais do jovem Jordan Mein, nocaute da americana Alexis Dav em Amanda Nunes e derrota de Marcos Rogério Pezão na decisão contra Mike Kyle. Apenas Rafael Feijão conseguiu vencer, um nocaute sensacional quase ao fim do segundo round contra o abusado wrestler Yoel Romero. Parabéns, rapaz.
- Por algum motivo a luta de Feijão, que era dono do cinturão dos meio-pesados até o começo do ano, ficou no card preliminar, enquanto Pat Healy enfrentou o venezuelano Maximo Blanco na primeira luta do card principal. Embora Blanco fosse uma estrela no Japão e o card principal já contasse com um ex-cinturão(King Mo Lawall, que nocauteou Roger Gracie) tentando galgar seu caminho rumo ou ao título ou ao UFC (mais sobre isso depois), essa escolha não fez o melhor sentido.
- Com a compra do Strikeforce pela Zuffa, proprietária do UFC, o que era pra ser um torneio de pesados para rivalizar contra a liga do “Baldfather” Dana White acabou virando mesmo uma espécie de audição para o UFC. Overeem, que deveria ter enfrentado Pezão no GP dos pesados, saiu porque não teria condições de lutar em Setembro, sendo não apenas removido da luta, mas do próprio SF. O que lhe acontece? O UFC o contrata para enfrentar Brock Lesnar. Nick Diaz, dono do cinturão dos meio médios, vai para o UFC disputar contra o atual campeão da categoria, o fenômeno Georges St. Pierre. O jovem deixa de comparecer a conferência de imprensa para promover a luta e o que lhe acontece, demissão? Retorno ao SF? Nada disso, luta contra BJ Penn. Fora Cung Le, que já foi o dono do cinturão dos pesos médios, há dois anos sem lutar, foi chamado para enfrentar Vitor Belfort no evento a ser exibido no canal Fox, dando o pontapé inicial na parceria entre a Zuffa e a emissora norte americana. O UFC é o irmão maior e tem a preferência. Sabe o que é mais irônico nisso tudo? O Strikeforce ainda paga melhor...
- Josh Barnett não luta no UFC desde 2002, quando foi expulso da liga ao ter sido pego no doping. O “Assassino de Cara de Bebê” havia acabado de conseguir o cinturão dos pesados contra Randy Couture e seus maus hábitos acabaram por jogar pela janela seu futuro na organização. Se tornou lenda no Japão, com suas participações no extinto Pride, como um “Pro Wrestler” em eventos estilo Telecatch, e agora, no Strikeforce, está seguindo um caminho que provavelmente o levará a vitória do GP e, quem sabe, ao cinturão da organização, que está vago com a saída do citado Overeem. O sujeito é antipático, marrento e já foi pego em três exames de esteróides. Mas talvez ainda seja o melhor peso pesados fora do UFC. Se Cormier não “azarar” novamente e ele conseguir imprimir o mesmo jogo consistente que aplicou em Brett Rogers e Sergei Kharitonov, o torneio está ganho. Mas é melhor ele tomar cuidado.
- Será que Barnett, supondo que ganhe esse torneio,volta ao UFC?