segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Strikeforce: Barnett VS Kharitonov - Notas sobre sábado a noite


  • O último sábado a noite foi duro para os brasileiros. Se estivéssemos no futebol, como bem comparou Fernando Zanchetta no título de sua postagem no Yahoo!, teríamos tomado uma goleada. O mais inacreditável é que foi uma noite de dois azarões: Luke Rockkhold, ignorando as predições, conseguiu o cinturão que pertencia ao às do Jiu Jitsu Jacaré de Souza e Daniel Cormier, substituto de Alistair Overeem, nocauteou Antônio “Pezão” de maneira demolidora, algo completamente inesperado. Contando com as derrotas de Evangelista Cyborg pelos cotovelos letais do jovem Jordan Mein, nocaute da americana Alexis Dav em Amanda Nunes e derrota de Marcos Rogério Pezão na decisão contra Mike Kyle. Apenas Rafael Feijão conseguiu vencer, um nocaute sensacional quase ao fim do segundo round contra o abusado wrestler Yoel Romero.  Parabéns, rapaz.


  • Por algum motivo a luta de Feijão, que era dono do cinturão dos meio-pesados até o começo do ano, ficou no card preliminar, enquanto Pat Healy enfrentou o venezuelano Maximo Blanco na primeira luta do card principal. Embora Blanco fosse uma estrela no Japão e o card principal já contasse com um ex-cinturão(King Mo Lawall, que nocauteou Roger Gracie) tentando galgar seu caminho rumo ou ao título ou ao UFC (mais sobre isso depois), essa escolha não fez o melhor sentido.


  • Com a compra do Strikeforce pela Zuffa, proprietária do UFC, o que era pra ser um torneio de pesados para rivalizar contra a liga do “Baldfather” Dana White acabou virando mesmo uma espécie de audição para o UFC. Overeem, que deveria ter enfrentado Pezão no GP dos pesados, saiu porque não teria condições de lutar em Setembro, sendo não apenas removido da luta, mas do próprio SF. O que lhe acontece? O UFC o contrata para enfrentar Brock Lesnar. Nick Diaz, dono do cinturão dos meio médios, vai para o UFC disputar contra o atual campeão da categoria, o fenômeno Georges St. Pierre. O jovem deixa de comparecer a conferência de imprensa para promover a luta e o que lhe acontece, demissão? Retorno ao SF? Nada disso, luta contra BJ Penn. Fora Cung Le, que já foi o dono do cinturão dos pesos médios, há dois anos sem lutar, foi chamado para enfrentar Vitor Belfort no evento a ser exibido no canal Fox, dando o pontapé inicial na parceria entre a Zuffa e a emissora norte americana. O UFC é o irmão maior e tem a preferência. Sabe o que é mais irônico nisso tudo? O Strikeforce ainda paga melhor...


  • Josh Barnett não luta no UFC desde 2002, quando foi expulso da liga ao ter sido pego no doping. O “Assassino de Cara de Bebê” havia acabado de conseguir o cinturão dos pesados contra Randy Couture e seus maus hábitos acabaram por jogar pela janela seu futuro na organização. Se tornou lenda no Japão, com suas participações no extinto Pride, como um “Pro Wrestler” em eventos estilo Telecatch, e agora, no Strikeforce, está seguindo um caminho que provavelmente o levará a vitória do GP e, quem sabe, ao cinturão da organização, que está vago com a saída do citado Overeem. O sujeito é antipático, marrento e já foi pego em três exames de esteróides. Mas talvez ainda seja o melhor peso pesados fora do UFC. Se Cormier não “azarar” novamente e ele conseguir imprimir o mesmo jogo consistente que aplicou em Brett Rogers e Sergei Kharitonov, o torneio está ganho. Mas é melhor ele tomar cuidado.


  • Será que Barnett, supondo que ganhe esse torneio,volta ao UFC?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pedro Rizzo fala sobre a Usina de Campeões

Pedro Rizzo é um veterano no MMA, aluno do pioneiro do cross training Marco Ruas, treinador  na equipe de Anderson Silva, um lutador respeitado no Brasil e no mundo. Mas não é apenas o combate que move esse guerreiro. Ele é coordenador da Usina de Campeões, um projeto social ligado a ong Usina de Cidadania, que atende crianças das 23 comunidades da região de Manguinhos. Eu conversei com a fera, que fala sobre o trabalho da Usina e da contribuição que as artes marciais podem oferecer na formação do caráter de um ser humano. Confira a entrevista que fiz com a lenda.

Imagem: Portal do Vale Tudo





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Blog Derradeiro entrevista Dan "The Beast" Severn


Daniel Severn começou sua carreira na luta olímpica no ano de 1969. Ele ganhou seu primeiro campeonato nacional em 1972, começou a lutar internacionalmente em 1976 e desde então nunca mais parou de lutar. Em 1994, ao invés de abraçar uma rotina mais tranqüila no seu lar em Coldwater, Michigan, ele participou da quarta edição do Ultimate Fighting Championship, onde além de ganhar sua alcunha de “The Beast” (“A Fera”) ele chegou às finais do torneio enfrentando o favorito, o lendário Royce Gracie. Mesmo sem ter ganhado o evento, ele continuou a participar de eventos de “Vale Tudo”, ganhando três títulos no UFC.  Ainda hoje, aos 53 anos, o homem continua a fazer sua mágica em ligas menores de MMA dentro dos Estados Unidos. Ele construiu uma carreira aterrorizando oponentes antes de Randy Couture ou Brock Lesnar aparecerem. Um lutador olímpico, um wrestler profissional e um lutador de MMA, “A Fera” me concedeu uma entrevista por telefone, onde me contou sobre sua carreira, seus desafios e suas opiniões sobre o MMA e os primeiros anos do “Vale Tudo”.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Systema - A arte marcial russa no Brasil

Você já ouviu falar em Systema? É uma arte marcial russa, praticada pelas forças especiais, e que chegou ao Brasil, trazendo uma nova perspectiva para o aprendizado das artes marciais, proporcionando aos seus praticantes tanto o ensino de defesa pessoal quanto uma atividade física que trabalha tanto o corpo quanto a mente do aluno. Entrevista com Gilberto Bicalho, instrutor de Systema no Rio de Janeiro, que conta em detalhes o que é a arte e qual o seu diferencial.






Quem quiser saber mais sobre o Systema pode visitar a página do grupo Rio Systema, ou mesmo a página de Vladimir Vasiliev, instrutor da arte no Systema Headquarters, em Toronto, no Canadá.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Tudo o que sobe...


Um dia desce, já dizia um velho clichê. Aliás, vou começar falando de um outro clichê. Sempre que um evento importante de MMA está para começar os jornalistas de sites especializados já começam a tentar predizer os resultados das próximas lutas. Quem acompanha já sabe: Fulano impõe um jogo em pé muito bom, mas no chão ele não é tão afiado, já Cicrano, notório faixa-preta de Jiu Jitsu, tem demonstrado evolução nos seus ataques e tentativas de anular strikers, e deve ganhar por decisão unânime, etc, etc. Eu admiro quem tenha um olhar mais treinado para poder fazer esse tipo de afirmação, eu gosto de ler essa predições, me sinto um pouco como um menino que quer saber o que aguarda a próxima temporada do seu programa de TV favorito, fora que deve servir de referências para quem curte apostas. Contudo, mesmo sendo ainda um marujo de primeiras viagens nessas análises de luta, percebi uma coisa: essas predições não querem dizer muita coisa. Por mais que muitos deles acompanhem com afinco os combates e possam até possuir conhecimentos práticos de luta, afirmar quem vai ou não vencer um combate é quase tão arrogante quanto predizer um acidente. Pelo menos foi assim com as lutas que aconteceram neste sábado no UFC 132 – Cruz Vs Faber, em especial a de dois veteranos do esporte.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cheick Kongo: A Ressurreição


Cheick Guillaume Ouedraogo é um lutador de MMA, nascido no dia 17 de maio de 1975, em Paris, na França. Filho de uma Burkinesa com um Congolense, Cheick começou a praticar artes marciais ainda menino, com 5 anos, no Kendo e no Karate. Com o passar dos anos o jovem Cheick se dedicaria a uma série de outras modalidades marciais, como o Muay Thai, Savate, luta Greco-romana e mesmo o Silat Indonésio. Após se profissionalizar em 2001, com a alcunha de Cheik Kongo, numa provável homenagem a terra natal de seu pai, a França teria seu primeiro grande embaixador do MMA, algo que Sarkozy provavelmente prefere ignorar.

domingo, 19 de junho de 2011

Entrevistas - Bitetti Combat 9

Amaury Bitteti é faixa-preta de jiu jitsu, bi-campeão mundial na modalidade, um dos pioneiros do Vale Tudo e, desde 2002, é o cabeça do evento Bitetti Combat, uma das maiores organizações de MMA do Brasil. Eu estive presente na nona edição do evento e fiz uma rápida entrevista com o dedicado promotor de lutas.
Foto: Marcella Vieira
O Blog Derradeiro: Amaury, o que representa pra você chegar a nona edição do Bitetti Combat?
Amaury Bitetti: Pra mim isso representa muito, porque eu to aqui graças a minha família, que me incentivou a fazer esse evento, ao meu grande sócio que o Fernando Chacur, e aos patrocinadores, a TNT, a Toulon, a Bad Boy, a OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil. Então eu agradeço a Deus e a todos os lutadores que vieram ao evento, a esse GP até 84 Kg, aos lutadores da Super Luta, o Miltinho Vieira e o Bruno “Crocop”, e a luta entre estreantes, que foi indicada pelo filho do governador, Marco Cabral, que vai ser uma grande luta, o Pelezinho contra o Pablo dos Santos. Vai ser legal, acho que o público vai gostar das lutas de hoje.

O Blog Derradeiro: Bacana, Amaury. Diz uma coisa, do início do Bitetti Combat até agora, você acha que a procura por MMA aumentou muito?
Amaury: Com certeza, o UFC veio pra cá, só melhorou, e vai melhorar cada vez mais. A gente ultrapassou barreiras, agora não vai ter mais limites, acho que com o UFC aqui no Rio, o Bitetti Combat e outros eventos que têm por aí o MMA vai cresce e ficar que nem o futebol.

O Blog Derradeiro: Como fez pra conseguir esse espaço no ginásio do Botafogo de Futebol e Regatas?
Amaury: A gente tem uma parceria com o governador, com o Roberto Dinamite (presidente do Vasco), agora com o pessoal do Botafogo que ta ajudando muito, o Maurício (Assumpção, presidente do Botafogo), o Fernando Guimarães, entre outras pessoas, nossa parceria busca sempre ajudar, sempre engrandecer o esporte, Eles cederam o ginásio pra gente, e vamos lá, vamos correr atrás. Cada um com seu cada um e a gente chega onde a gente quer chegar, que é fazer o MMA tão popular quanto o futebol.

No final do evento também realizei rápidas entrevistas com os campeões do GP de 84Kg, da luta de estreantes e da Super Luta.